Você já parou para pensar quais serão as próximas tendências de consumo que impactarão na alimentação do mundo em que vivemos hoje?
Não há como negar que vivemos em uma era de transformações e rupturas, na qual tudo se modifica muito rápido. E na alimentação, não poderia ser diferente.
Pensando nisso, o blog da MasterSense trouxe um pouco do que o mais recente estudo da Consumoteca revelou com relação à alimentação no Brasil e na América Latina para os próximos anos. Ficou curioso(a)? Então acompanhe esse conteúdo com a gente!
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A era anti-gourmet
Estamos vivendo um momento onde a busca incessante pela perfeição tem perdido sua relevância.
As pessoas estão valorizando cada vez mais a autenticidade e a espontaneidade em todas as esferas de suas vidas, inclusive na alimentação. Neste sentido, o movimento anti-gourmet ganha força à medida que as pessoas questionam a imagem idealizada dos alimentos e buscam experiências mais genuínas.
O estudo realizado pela Consumoteca revelou que 74% dos consumidores têm buscado restaurantes mais simples e menos gourmetizados, demonstrando uma mudança nas preferências e prioridades alimentares. A monotonia de uma vida em que tudo precisa ser perfeito está se tornando insustentável, e as pessoas estão valorizando a imperfeição como forma de se libertar e se diferenciar.
Uma das principais características da era anti-gourmet é a valorização do real ao invés do perfeito. Em outras palavras, a sociedade está se afastando dos padrões estéticos exaustivos, como magreza, pele clara e luminosa, cabelos brilhantes, roupas bem-arrumadas e casas impecáveis. Em vez disso, há uma tendência em subverter o conceito de “feio” e enxergar a beleza nas imperfeições.
No contexto da alimentação, essa subversão se reflete em uma maior valorização de ingredientes e pratos considerados “feios” ou fora dos padrões estabelecidos. Frutas e vegetais menos conhecidos, cortes de carne menos nobres e pratos tradicionais simples e saborosos ganham destaque, pois são vistos como autênticos e representativos de uma cultura.
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Raízes futuristas
Outra tendência apontada no estudo está relacionada à busca das origens e o reconhecimento das raízes frente a um mundo que se abre para novas narrativas.
Mas, o que, de fato, isso significa?
Essa tendência está relacionada aos novos movimentos que surgem para recontar histórias e honrar origens. A busca pela conexão com a ancestralidade é vista como uma forma de curar o trauma histórico de exclusão e escravidão, valorizando a pluralidade e a riqueza de culturas pouco representadas.
A pesquisa trouxe dados bem interessantes neste sentido: 86% dos entrevistados têm muito interesse em produtos e conteúdos que resgatam tradições de povos antigos.
E, claro, essa busca por conexão com o passado é refletida na alimentação, onde a valorização de ingredientes, técnicas culinárias e pratos tradicionais ganham destaque. Os consumidores estão ávidos por experiências que honrem as raízes culturais, trazendo à tona sabores autênticos e histórias ancestrais.
Neste contexto, a alimentação é, literalmente, um prato cheio: ela torna-se um espaço perfeito para honrar as origens, resgatar tradições, ingredientes e celebrar a diversidade cultural. É por meio dessa conexão com a ancestralidade que a inovação surge, trazendo novas perspectivas e possibilidades para a culinária da América Latina e Brasil.
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Sustentabilidade beta
E é claro que o tema “sustentabilidade” não poderia ficar de fora quando o assunto é tendências de consumo na alimentação.
Neste sentido, temos visto cada vez mais a agenda ESG (Environmental, Social, and Governance) ganhando destaque nos discursos de marca e despertando a atenção dos consumidores para as práticas de sustentabilidade, responsabilidade social e ética das empresas.
Embora haja um crescente interesse nesse tema, o comportamento de compra do consumidor ainda é influenciado principalmente por atributos como preço e praticidade.
Mas, no futuro, a ideia é que isso evolua. Espera-se que os consumidores se tornem cada vez mais interessados em experimentar alternativas sustentáveis, principalmente quando perceberem ganhos pessoais nessa escolha.
Essa mentalidade, conhecida como BETA, envolve a busca por benefícios tangíveis ao adotar práticas sustentáveis. De acordo com o estudo da Consumoteca, 88% dos consumidores acreditam que as pessoas comprariam produtos mais sustentáveis se as marcas oferecessem preços mais acessíveis ou recompensas.
Ou seja, é uma ideia que reforça essa tendência e que mostra um interesse crescente pelo tema.
Fica como desafio para as marcas o de equilibrar a oferta de produtos sustentáveis com a necessidade de torná-los acessíveis e atrativos para os consumidores. É fundamental que as empresas busquem soluções inovadoras, como parcerias com fornecedores responsáveis, adoção de embalagens sustentáveis e transparência em suas práticas.
Além disso, é claro, a educação do consumidor desempenha um papel fundamental na conscientização sobre os benefícios e a importância das escolhas sustentáveis.
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Coletivo conveniente
E, por fim, o conceito de coletivo consciente. Essa ideia reflete o fato de que no mundo de hoje, cada vez mais individualista, as pessoas tendem a reduzir seus vínculos pessoais em busca de autossuficiência.
No entanto, há um movimento de conexão conveniente quando percebem que práticas em comunidade podem aproximar-se de seus propósitos individuais.
Na América Latina, diante de uma situação econômica instável, esse movimento de individualismo em rede se torna ainda mais evidente, especialmente em situações em que o coletivo pode potencializar vantagens monetárias. As pessoas buscam conexões que possam trazer benefícios financeiros e melhorias individuais, aproveitando as oportunidades proporcionadas pelas redes e comunidades virtuais.
Na alimentação, essa ideia se aplica nas marcas de nicho. Como por exemplo, a prática da alimentação sustentável, os alimentos com zero açúcar ou sem lactose.
Essa ideia de estreitar o consumo e permitir o crescimento de pequenas comunidades de consumo tende a se intensificar cada vez mais. É o que reflete a pesquisa da Consumoteca: 62% dos entrevistados disseram participar de comunidades com pessoas que compartilham objetivos em comum (como grupos de mães, grupos de veganismo, clubes de livro, grupos de estudos, etc).
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Então, o que achou de conhecer mais sobre o que o mercado e os próprios consumidores estão projetando para o consumo regional no futuro?
Estar atento a essas tendências e como o consumidor final se comporta significa entender suas reais necessidades como ser humano e investir de forma estratégica para conquistar seu cliente.
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