Nos últimos anos, a indústria alimentícia testemunhou uma transformação marcante.
A conscientização crescente sobre saúde e bem-estar gerou uma demanda significativa por alimentos mais saudáveis e naturais. Com isso, os consumidores estão cada vez mais atentos aos produtos que consomem, buscando opções que ofereçam não apenas sabor, mas também benefícios nutricionais.
Essa mudança de paradigma é um reflexo do aumento na preocupação com a qualidade dos alimentos e seus impactos na saúde. A atenção aos alimentos ultraprocessados (UPFs) vem sendo impulsionada por consumidores, pela mídia e por autoridades de saúde, resultando em uma busca por alimentos “limpos”, “reais” e minimamente processados.
Para se ter uma ideia, a Mintel, em seu relatório de julho de 2023, destaca que o foco na naturalidade e nutrição está impulsionando essa demanda.
Então, como as empresas podem se adaptar para continuarem relevantes no mercado alimentício, ganhando a confiança e a preferência dos consumidores? Acompanhe nossa análise sobre o assunto no conteúdo que o blog da MasterSense preparou para você!
O destaque aos alimentos ultraprocessados (UPFs)
A denominação “ultraprocessado” tornou-se uma conotação comum no mercado para descrever alimentos considerados prejudiciais à saúde. Estes produtos, frequentemente classificados com base no sistema de classificação NOVA, têm sido associados muitas vezes a problemas de saúde como obesidade e outras condições crônicas.
A Mintel ressalta que os UPFs constituem uma parcela significativa e crescente da dieta dos consumidores nos EUA, Canadá e Reino Unido, podendo representar entre 50-60% do consumo energético.
Esse aumento no consumo coincidiu com a ascensão de doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, apesar de não haver uma relação causal direta comprovada.
O papel da classificação NOVA e Siga na conscientização
E como entender se um alimento é, de fato, saudável, ou não?
Os sistemas de classificação como NOVA e Siga têm ajudado nesse processo e ganhado destaque na rotulagem de produtos e em aplicativos de compras, oferecendo aos consumidores informações sobre o processamento dos alimentos.
Estas classificações, baseadas na natureza e extensão das mudanças feitas nos alimentos, têm influenciado políticas de saúde em países como Brasil, Canadá, Equador e Bélgica.
O sistema NOVA, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo, Brasil, classifica os alimentos em quatro grupos:
- Grupo 1: alimentos in natura ou minimamente processados: alimentos que sofreram pouco processamento, como frutas, vegetais, carnes frescas, grãos integrais e leite;
- Grupo 2: alimentos processados: alimentos que foram submetidos a algum processo industrial, como enlatamento, congelamento ou fermentação. Exemplos incluem frutas enlatadas, vegetais congelados, queijo e iogurte;
- Grupo 3: alimentos processados alimentícios: alimentos que são preparados com ingredientes processados, como açúcar, óleos vegetais, farinhas refinadas e aditivos alimentares. Exemplos incluem refrigerantes, biscoitos, salgadinhos e macarrão instantâneo;
- Grupo 4: alimentos ultraprocessados: alimentos que são altamente processados e geralmente contêm ingredientes que não são encontrados na cozinha tradicional, como xarope de milho de alta frutose, óleos interesterificados e sabores artificiais. Exemplos incluem salgadinhos de pacote, sorvetes industrializados, pizzas congeladas e pratos prontos.
Já o sistema Siga, desenvolvido pela startup francesa Siga, classifica os alimentos em sete níveis de processamento, sendo o nível 1 o menor grau de processamento e o nível 7 o maior.
Apesar disso, existe um desafio na integração desses sistemas nas diretrizes dietéticas oficiais. Alguns apontam divergências entre classificações baseadas em nutrientes e nas mudanças nos alimentos, como o caso de cereais integrais, classificados como “não saudáveis” pelo NOVA devido à presença de aditivos.
Cabe às empresas se adaptarem a essas ferramentas e deixar sempre claro ao consumidor o valor nutricional de um produto, tornando essa comunicação mais clara e sincera.
Estratégias para a indústria de alimentos se adaptar
É um desafio permanecer relevante e a indústria alimentícia precisa adotar estratégias inovadoras que atendam às demandas dos consumidores.
A transparência na rotulagem, destacando informações sobre processamento, aditivos e benefícios nutricionais, sem dúvidas, se torna essencial neste processo.
As empresas podem ainda buscar a reformulação de seus produtos para reduzir a classificação de UPFs, removendo aditivos e utilizando ingredientes mais naturais.
Inovações como a utilização de ingredientes menos processados e ricos em nutrientes, bem como a exploração de técnicas de processamento alternativas, também podem ser diferenciais importantes no mercado.
Oportunidades na indústria alimentícia: ao que as marcas devem se atentar?
Apesar do aumento na conscientização sobre os UPFs, a definição de alimentos saudáveis ainda é multifacetada. A Mintel revela que aspectos como sabor e preço continuam sendo prioridades para muitos consumidores, superando até mesmo questões relacionadas à saúde em muitos casos.
Neste cenário, as empresas enfrentam o desafio de equilibrar a oferta de alimentos saudáveis com a manutenção do sabor e custo acessível.
Estratégias de marketing e educação do consumidor sobre os benefícios de ingredientes menos processados e a importância da nutrição podem ajudar a alinhar as expectativas dos consumidores com as ofertas no mercado.
As carnes alternativas são outro fator visto como oportunidade neste mercado.
Isso porque elas oferecem opções viáveis para consumidores preocupados com a sustentabilidade e o bem-estar animal. O interesse crescente por fontes de proteínas alternativas, como as à base de vegetais, reflete a mudança de mentalidade em busca de alimentos mais saudáveis e ambientalmente responsáveis.
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É um fato que a nova era da alimentação saudável requer uma abordagem cuidadosa e adaptável por parte das empresas de alimentos. A compreensão das demandas do mercado, a transparência na rotulagem e a inovação na formulação de produtos são fundamentais para continuar relevante e atender às necessidades dos consumidores em busca de uma alimentação mais saudável e natural.
Em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas que se comprometem com a qualidade dos alimentos e investem em práticas mais saudáveis e transparentes têm o potencial de liderar essa transformação e alcançar o sucesso a longo prazo.
Este é um momento crucial para a indústria alimentícia, onde a adaptabilidade e a capacidade de oferecer soluções inovadoras serão determinantes para a sustentabilidade e o crescimento no mercado de alimentos saudáveis.
Na MasterSense, acreditamos que o alimento pode sim ser saudável e indulgente, por isso sempre priorizamos sabor e saudabilidade em nossos desenvolvimentos de protótipos, além de oferecermos ingredientes de alta qualidade e origem comprovada e sustentável em nosso portfólio.
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